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Práticas inadequadas na clínica com pacientes LGBT+

  • Foto do escritor: Lívia Fornaciari
    Lívia Fornaciari
  • 25 de fev.
  • 2 min de leitura




A psicologia e a psiquiatra se referiram, por muitos anos, a vivências LGBT+ como um "desvio" ou patologia. Embora a homossexualidade tenha saído dos manuais diagnósticos de saúde mental (DSM) há mais de 30 anos, os estudos e ensino de atendimento a esta população ainda parece incipiente nas graduações de psicologia.


Com isso, mesmo terapeutas bem intencionados podem cometer práticas inadequadas no atendimento à população LGBT+, que vão desde atitudes corretivas (intervenções com objetivo equivocado de "correção" das homo e bissexualidades) até atitudes LGBTfóbicas no setting terapêutico.


Algumas atitudes LGBTfóbicas incluem:

  • Considerar que a sexualidade da pessoa LGBT+ é decorrente de um trauma infantil;

  • Considerar que isso é uma "fase";

  • Não se responsabilizar pela qualidade técnica do atendimento e pedir para o paciente ensinar ao terapeuta sobre esse universo;

  • Desconsiderar os efeitos do preconceito e da discriminação no quadro clínico do paciente, entre outros.


Além disso, vale ressaltar que "terapias de conversão", que visam a "cura gay" são proibidas pela resolução nº01/99 do CFP.


Independente da abordagem com que o psicólogo trabalhe, é importante que ele adote uma postura afirmativa em seu fazer terapêutico, para não produzir mais sofrimento ao paciente LGBT, mesmo que sem intenção. A terapia afirmativa é uma "forma de fazer terapia que considera a homofobia como a variável patológica que produz desfechos negativos na saúde mental de minorias sexuais e de gênero" (Ramos, M.) Assim, ela independe de abordagem psicológica e é uma postura fundamental para qualquer psicólogo(a) ético(a). Mesmo que você, colega psicólogo, não seja da comunidade LGBT, você pode receber pacientes que sejam e que tragam alguns aspectos de sua sexualidade para o setting, afinal, a sexualidade faz parte de quem somos.


Nesse sentido, saber mais a respeito dessa forma de fazer terapia é fundamental para um trabalho ético e que respeite a dignidade da pessoa.


Caso você não tenha muita familiaridade no assunto e queira se aprofundar, ou mesmo tenha algum caso específico, pode ser interessante agendar uma supervisão para discutir aspectos desse tipo de atendimento. A supervisão faz você ganhar tempo com os casos de seus pacientes, pois é mais diretiva para suas necessidades.


Aqui no site você encontra informações sobre minhas supervisões em grupo e individual na aba "Supervisão". Será um prazer te ajudar nessa caminhada!

 
 
 

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