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Terapia afirmativa para pessoas LGBTQIAP+

  • Foto do escritor: Lívia Fornaciari
    Lívia Fornaciari
  • 6 de fev. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 25 de fev.


Pessoas LGBTQIAP+ precisam de um ambiente seguro e empático para falar sobre suas experiências de vida sem julgamentos e preconceitos. A terapia afirmativa é uma terapia com um ambiente acolhedor e inclusivo para pessoas de diferentes identidades sexuais e de gênero. Ela reconhece e valida a experiência única de cada indivíduo, ajudando a promover autoaceitação e empoderamento sobre sua identidade.


Historicamente, a psicologia passou por um período de  “terapias de conversão”, em que se tentava “ajustar” o sujeito caso ele divergisse da heteronormatividade. Atualmente, esse tipo de terapia de conversão e patologização da diversidade sexual e de gênero é proibida pelo Conselho Federal de Psicologia (Resolução CFP 01/1999). 


Alguns podem pensar que não há necessidade de criar uma terapia afirmativa para pessoas LGBT, visto que toda terapia deveria ser lugar de acolhimento. Entretanto, é preciso compreender que a experiência de viver como uma minoria sexual e de gênero atravessa a subjetividade do indivíduo de diferentes formas. É comum, por exemplo, que pessoas LGBT cresçam em contextos em que essa diversidade seja vista como algo errado, ridicularizado, pecaminoso, “uma fase”, entre outros. 


Tomar consciência de que você é algo que a sociedade julga como “errado” pode trazer consequências psicológicas negativas, como a internalização da homofobia e do estigma. Isso pode aparecer associado a quadros de depressão, ansiedade, autocrítica, tentativas de compensação excessiva (no trabalho ou estudos, por exemplo), negação ou ocultação da própria identidade, e até ideação suicida/tentativas de suicídio.


Essa população está sob constante efeito do que chamamos de “estresse de minorias”, que são específicos para cada minoria social. É preciso um olhar atento a essas questões para não patologizar e para ajudar a reconhecer os efeitos da homofobia, além de não culpabilizar e individualizar seus problemas, promovendo assim afirmação e integração identitária. 


Para esse público,a terapia afirmativa é importante pois, além de acolher e validar, também considera os efeitos do estresse de minorias na saúde mental de cada indivíduo.


O foco principal é ajudar o paciente a se movimentar da vergonha para o orgulho.



Referência:

Manual de Terapia Afirmativa - um guia para a psicoterapia com pessoas LGBTQ+ (Mozer de Miranda Ramos).


 
 
 

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